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MASP anuncia maior projeto de preservação do histórico edifício de Lina Bo Bardi

Ícone da arquitetura moderna brasileira recebe intervenções de restauro nos pórticos vermelhos e no vão livre com patrocínio da AkzoNobel

 

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand anuncia uma importante etapa do projeto de preservação do histórico Edifício Lina Bo Bardi com a realização do restauro e da repintura dos pilares e vigas externas, assim como da laje de cobertura do vão livre – ambas estruturas que apresentam desgastes significativos causados pela ação do tempo e pela exposição às intempéries. “É a primeira vez que essas estruturas passam por um processo que leva em consideração critérios e parâmetros de restauro e preservação do patrimônio histórico. Nós assumimos o compromisso de aplicar metodologias científicas em todas as etapas, mantendo um rigor técnico que será também aplicado durante a obra no vão livre”, explica Miriam Elwing, gerente de Projetos e Arquitetura, MASP.

O restauro dos pórticos conta com o apoio dos patrocinadores master AkzoNobel e Citi. Para recuperar a cor vermelha, que chegou aos pórticos em 1990 para proteger a estrutura de concreto e foi uma escolha da arquiteta Lina Bo Bardi, a AkzoNobel desenvolveu um sistema de pintura de alto desempenho que garante resistência e durabilidade, respeitando a qualidade estética do simbólico vermelho do MASP. “Participar desse projeto é participar da renovação de um símbolo da arte e da cultura no Brasil. Ao renovar suas cores e proteger suas estruturas, estamos dando a nossa contribuição para que o museu possa continuar existindo em seu melhor estado para receber seus visitantes”, comenta Giuliano Tramontini, gerente comercial – Revestimentos Marítimos, de Proteção e para Iates na América Latina da AkzoNobel.

 

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A inovação dos produtos aplicados na obra proporciona um maior espaço de tempo para a manutenção da pintura, preservando as cores características do MASP. Para manter a identidade colorimétrica, a AkzoNobel teve o suporte do seu time de coloristas para alcançar o padrão da cor original. A tonalidade foi batizada como Interfine 878 Vermelho MASP.

 

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AVANÇADAS METODOLOGIAS DE PRESERVAÇÃO E RESTAURO

O MASP tem atuado de forma comprometida com a aplicação das mais avançadas metodologias do campo de preservação, restauro e recuperação estrutural, respeitando a magnitude histórica do seu edifício. Para reparar o concreto armado dos pórticos, são utilizados dois produtos químicos de nanotecnologia que atuam diretamente nos aços da estrutura. O primeiro elimina a ferrugem comprometida e o segundo cria uma proteção para evitar futuras corrosões – os produtos agem de forma não invasiva, sem a necessidade de expor as barras completamente. Para acompanhar e se antecipar a potenciais adversidades, foram instalados sensores de monitoramento em estruturas.

Após solucionar os problemas do aço, é feita a recomposição do concreto nos pontos que ele foi retirado. Com a finalidade de evitar uma aparência desigual com as intervenções, foram desenvolvidas argamassas com diferentes pigmentações, para se adequar às cores existentes no concreto do MASP, que, com o passar do tempo, desenvolveu colorações específicas.

Por último, para aplicar novamente a cor vermelha característica do MASP, a AkzoNobel desenvolveu um sistema de pintura que conta com tecnologia de ponta e oferece extrema resistência com a finalidade de estender a vida útil da renovação. Todos os testes foram acompanhados e aprovados pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, órgão que avaliou tecnicamente e aprovou as soluções apresentadas para a necessidade da construção.

Desde 2015, com a retomada dos cavaletes de cristal e concreto projetados por Lina Bo Bardi, como suporte para as obras, a instituição está desenvolvendo um extenso projeto de preservação do patrimônio histórico com o objetivo de recuperar os conceitos originais da construção e realizar adequações necessárias para acolher as demandas contemporâneas. Inaugurado em 1968, o edifício é um dos mais importantes legados da arquiteta e sua visão de mundo norteia a gestão do MASP, que entende o edifício como parte da identidade e memória da sociedade. Conservá-lo garante modos de compreensão da história e, consequentemente, dos valores que a projetam para o futuro.

O plano de preservação do MASP tem como propósito entregar para a cidade e o país o histórico Edifício Lina Bo Bardi restaurado junto ao projeto de expansão, que consiste em um novo edifício nomeado Pietro Maria Bardi – com 14 andares ocupados por cinco galerias expositivas e duas galerias multiuso, ampliando a área expositiva do museu em 66%. Com a união dos dois prédios, o MASP irá oferecer uma estrutura ampliada para exposições, programas educativos e serviços de restauro de obras, possibilitando ao público maior acesso à cultura.

 

PRESERVAÇÃO DO EDIFÍCIO LINA BO BARDI NA ÚLTIMA DÉCADA

O projeto de restauro dos pórticos iniciou-se com uma pesquisa histórica e um levantamento documental sobre a estrutura do edifício acerca de todas as intervenções implementadas em seus pilares e vigas, desde a sua construção até o período atual. Visando a conservação e preservação da materialidade da estrutura de concreto, foram elaborados testes de campo para a definição dos procedimentos de remoção da pintura existente e de recuperação do concreto, de forma a preservar a sua textura e coloração. Diversos testes também foram feitos para retomar a cor vermelha dos pórticos.

Como parte do conjunto de ações do plano de preservação do edifício, também serão realizados serviços de manutenção e conservação na laje que cobre o vão livre. Essa etapa inclui a limpeza da laje, mapeamento de patologias e testes de recuperação e restauro do concreto armado. As intervenções atendem às crescentes e múltiplas demandas de ocupação do edifício e serão executadas de forma gradual para minimizar o impacto da operação do museu e não comprometer o acesso do público ao espaço. Durante o período de obras, será instalado um tapume no vão por medidas de segurança. Futuramente, a instituição irá realizar o restauro dos bancos, a instalação de guarda corpo de segurança, o refazimento de impermeabilização dos espelhos d’água, das jardineiras e do piso, além da adequação às normas de acessibilidade.

A primeira intervenção se deu com a retirada das divisórias de gesso do 2º andar, retomando os cavaletes de cristal e concreto, projetados por Lina Bo Bardi, como suporte para as obras. Entre 2016 e 2022, o edifício foi adequado às normas de segurança contra incêndio, com mudanças relevantes sem comprometer as características que conferem significância cultural ao edifício. Também foram executados projetos para transformações espaciais nos 1° e 2° subsolos, substituição dos elevadores, reforma do grande auditório adaptado às normas de acessibilidade e a instalação de um novo sistema de iluminação dos pórticos. “A administração atual do MASP, em colaboração com as empresas parceiras e patrocinadores, está dedicando todos os esforços para preservar e honrar o legado do Edifício Lina Bo Bardi, de imensa importância para a cidade e todo o país”, pontua Heitor Martins, diretor-presidente, MASP.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Pedro Truffi

 

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