Estudo aponta prováveis desenvolvimentos futuros que deverão transformar a vida doméstica e a habitação em todo o mundo nos próximos 20 anos.
O estudo de autoria do futurólogo Ray Hammond, lançado como parte da série “O mundo em 2040”, traz informações sobre o modelo de construção, segurança e tecnologia, que resultarão em uma mudança radical no modo de vida que conhecemos. O estudo contido no relatório “Vida superinteligente – a casa de meados do século XXI” é produzido pela Allianz Partners, líder mundial em soluções de assistência 24h, para ajudar a antecipar as necessidades dos clientes. De acordo com o futurólogo, as casas serão impressas em 3D e contarão com conexões de rede, além de sensores em suas paredes e pisos. Tudo isso montado no local, por robôs de construção em apenas duas semanas. Ainda assim, a estimativa é que custem 60% menos, proporcionalmente, em relação aos preços atuais, o que pode acabar com a escassez de moradias que afeta tantos países.
Sustentabilidade e tecnologia serão fortes parceiras das construções do futuro. Dependendo da localização geográfica, novas casas que receberem a incidência moderada de sol, vento ou fontes de energia geotérmica, coletarão mais energia do que consomem e venderão eletricidade para a rede elétrica, como se fossem pequenas estações geradoras de energia. No entanto, seus telhados não serão necessariamente cobertos pelos painéis solares de hoje.
“As casas serão mais seguras e sustentáveis, graças às tecnologias que estarão disponíveis até lá. Consumirão em média 75% menos energia e apenas um terço da quantidade de água utilizada em uma casa recém construída hoje” – Ray Hammond
Os vidros, aparentemente convencionais, serão equipados com placas fotovoltaicas supereficientes que gerarão eletricidade para as baterias da casa. Estima-se que a tecnologia será melhorada a tal ponto, que tanto as placas, quanto as baterias domésticas custarão muito menos do que hoje e armazenarão muito mais energia, além poderem ser carregadas, descarregadas e recarregadas várias vezes, sem degradação.
Casas mais antigas serão atualizadas para incorporar algumas tecnologias inteligentes – especialmente as de geração e economia de energia – mas apenas casas construídas com softwares e tecnologia robótica serão capazes de tirar o máximo proveito da poderosa AI, robótica e tecnologia de sensores, entregues pela “Internet das Coisas”.
Os sistemas de segurança usados para proteger as residências serão baseados na biometria dos moradores. O software de reconhecimento de padrões faciais (FPR), digitalizará imagens de humanos e animais de estimação, a fim de permitir o acesso apenas de pessoas autorizadas. Quando estiverem fora, os proprietários poderão verificar sua casa, cômodo por cômodo, independentemente da distância em que estiverem dela. Esses dados serão fornecidos à interface preferida do proprietário.
De acordo com Ray Hammond, os assaltantes serão hackers e não criminosos oportunistas, que aplicarão técnicas de inteligência artificial (IA) para lançar ataques em redes domésticas. O 7G será o padrão mundial da tecnologia de comunicação sem fio e deverá ser pelo menos 100 mil vezes mais rápida do que a tecnologia 5G, lançada em 2019. Grandes arquivos de design poderão ser transferidos, tornando a residência um centro de impressão 3D, capaz de produzir roupas, brinquedos, equipamentos esportivos, ferramentas e outros itens. O proprietário terá acesso a dados completos, que o permitirá criar uma temperatura em cada ambiente da casa, controlar a qualidade do ar e o consumo de energia de cada ambiente.
O tempo livre gerado pela praticidade dessas tecnologias será usado para o lazer, que também passará por grandes transformações. Assistir a um filme, por exemplo, será uma imersão na história, uma vez que a ação combinará realidade virtual, realidade aumentada e tecnologias holográficas para criar experiências realistas.
Por Redação
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