Mesmo com céu nublado, tecnologia sustentável garante água quente, apresentando ótima relação custo-benefício para a população brasileira.
O aquecedor solar de água é aderente ao conceito ESG (environmental, social and corporate governance), pois utiliza os raios do Sol, fonte limpa, gratuita e renovável de energia. Também atende a uma preocupação global, porque não agride o meio ambiente e funciona mesmo em dias chuvosos. “A tecnologia é uma realidade de nosso país e oferece ótimo custo-benefício, pois representa menos de 2% do valor médio da construção de casas e proporciona economia média de 960 KWh/ano por metro quadrado de coletores solares”, explica Luiz Antonio dos Santos Pinto, presidente da Abrasol (Associação Brasileira de Energia Solar Térmica).
O aquecedor solar de água tem coletores de metal e vidro que podem ser instalados em pontos altos, como telhados. Permite mais independência financeira, principalmente para as residências e as empresas, que podem organizar seu orçamento e evitar os ajustes tarifários na conta de energia.
“Temos a chance de usar o Sol para reduzir o preço da conta de luz e valorizar os imóveis. Para se ter uma ideia, os aquecedores solares têm vida útil de mais de 25 anos, fornecem água quente para os chuveiros e as torneiras durante dias a fio, mesmo com tempo nublado, reduzindo cerca de 37% do gasto mensal com eletricidade em domicílios” – Luiz Antonio dos Santos Pinto, presidente da Abrasol.
O Sistema de Aquecimento Solar (SAS), como é denominado tecnicamente, é feito de coletores capazes de absorver os raios do Sol para aquecer grande volume de água, mantido em um reservatório térmico. A temperatura, então, é transferida para a água, com perdas mínimas de calor.
“O aquecedor solar instalado em moradias reduz as ameaças de apagão no País e proporciona economia às famílias, pois os chuveiros elétricos são responsáveis por cerca de 7% de todo o consumo nacional e até 40% de toda energia usada nas residências no horário de ponta”, esclarece Santos Pinto, explicando que na indústria não é diferente. “A tecnologia fortalece a cultura em favor do meio ambiente, não tem custo operacional, baixos gastos com manutenção, não faz barulho, pode abastecer pias sanitárias, cozinhas, tanques e ainda permite um payback rápido, fazendo com que o investimento realizado na compra seja pago entre um e três anos de uso”.
Quase todo fabricado no Brasil, o aquecedor solar é cerca de quatro vezes mais eficiente do que outras tecnologias solares e está presente em diversos tipos de construções, como residências de alto padrão, obras habitacionais do antigo Programa Minha Casa, Minha Vida e das companhias de habitação, como a CDHU do Estado de São Paulo, em clínicas e hospitais, restaurantes, academias, petshops, clubes, piscinas, hotéis e indústrias, nos setores alimentício, químico, têxtil e automobilístico, dentre outros. Também está previsto para o Programa Habitacional Casa Verde e Amarela do atual Governo Federal.
Tipos de aquecedores
A tecnologia permite a absorção dos raios solares, fazendo sua transferência para os coletores de metal e vidro que aquecem a água. Há três tipos de aquecedor: os de coletores planos e fechados, para o aquecimento de água em torno de 70° C, mais indicados para utilização hidrossanitária como, cozinhas e lavanderias, banho quente em casas, hotéis, e para abastecer lavatórios de cabeleireiros, petshops e outros comércios; o termoplástico aberto, usado para aquecer piscinas entre 26°C a 35°C; e o de tubos a vácuo, utilizados além de aplicação hidrossanitária domésticas, em processos industriais para temperaturas em torno de 100º C ou mais, com aplicação em fábricas de cerveja, vinho, laticínios ou em cozinhas industriais e hospitais, que exigem água em alta temperatura para descontaminação.
O equipamento é instalado conforme o imóvel e, na maioria das vezes, não exige quebra de paredes. Aproveita a tubulação já existente no imóvel. Pode operar por termossifão, quando a água dos coletores fica mais quente e menos densa do que a do reservatório, ou bombeamento ou “alimentação forçada”, que exige a instalação de uma microbomba elétrica e dispositivo eletrônico de controle automático para que a água aquecida seja encaminhada até o reservatório.
O valor gasto com o aquecedor acaba sendo compensado desde o primeiro uso. Em um cálculo básico, a Abrasol aponta uma economia de até R$ 4,4 mil no Estado de São Paulo — isso com a área de energia solar coletada de seis metros quadrados, custando R$ 0,77 por kWH. O sistema tem durabilidade média acima de 25 anos e quase não tem gastos com manutenção, normalmente apenas limpeza. Segundo a Abrasol, usar a tecnologia para aquecer a água do chuveiro elétrico resulta em cerca de R$ 80,00 mensais de economia ou mais. Este valor, se aplicado mensalmente na poupança, durante 25 anos, pode resultar no montante de R$ 66.895,96.
Fonte: Abrasol
Imagem: Divulgação